Como xa advertín, a medida que vou colgando post e que, paseando pola blogosfera, vou sementando comentarios vou tamén deixando ver as poutas. Sen ningún tipo de premeditación, comprobo que ás veces expresar unha opinión discordante causa tanta sorpresa e provoca tanto estrépito entre a habitual marea de parabéns que son os comentarios que este espacio chega a converterse nunha praia hostil. E non é a primeira vez que me pasa, así que é para pensar que realmente non teño o instrumento ben afinado. O outro día, o 22, acusáronme de deselegancia,
que non sei se quere dicir que non son elegante ou que son directamente unha maleducada. Elegancia é andar ben vestido? Andar sempre cunha máscara social que disimule o que pensas e o que sentes? Non saber dicir o que pensas e o que sentes delicadamente? Limitarse a dicir o que os demais queren oír?
De verdade, compañeiros, botádeme dos vosos salóns virtuais se son molesta, pero non me esixades ese tipo de "elegancia".
que non sei se quere dicir que non son elegante ou que son directamente unha maleducada. Elegancia é andar ben vestido? Andar sempre cunha máscara social que disimule o que pensas e o que sentes? Non saber dicir o que pensas e o que sentes delicadamente? Limitarse a dicir o que os demais queren oír?
De verdade, compañeiros, botádeme dos vosos salóns virtuais se son molesta, pero non me esixades ese tipo de "elegancia".
13 comentários:
Sim, é verdade, eu não comento muito em blogs, mas quando comento, na mesa do café, também me dizem "excessivamente directa". Pensa que é um elogio, mesmo que não seja.
tamén son desas persoas ás que os amigos chaman de "pouco diplomáticas" o que, co paso do tempo, souben entender por "pouco hipócrica". Pode que haxa blogs no que o lugar dos comentarios teña unha alta tolerancia para os parabens e baixa para as palabras honestas. Non é o meu, claro. E lembro hoxe unha polémica sobre o uso do galego nos textos da escritora Luisa Castro na que suroeste falou dende unha mirada moi intelixente e honesta, coma outros (tamén moi intelixentes e honestos) e ainda sen coincidir, fixeron que todos tiveramos unha mirada plural e rica do asunto... Eu sintome agradecida cando iso pasa.
de um ponto de vista geral muito haveria a dizer sobre os mandamentos do que é "deselegância", do estatuto das normas, das suas imposições, das suas legitimidades. Do que as podemos criticar, limitar, refutar, aceitar, etc.
Mas como estou aí explicitamente citado, sem qualquer mais (e um "qualquer mais" poderia ser apenas a ligação directa ao texto para que o leitor pudesse contextualizar a invectiva e, se assim o entendesse, tirar conclusões. seria o mínimo dos mínimos, ainda que não obstasse ao sentido invectivador deste post), como autor da "opinião avulsa" não avançarei nesse ponto de entendimento geral sobre o que é pertinente ou não na aceitação das normas ditas elegantes. Apenas me restrinjo ao caso em questão: acho que é "elegância" entrar num blog, comentar, discordar. Mas acho que é absoluta "deselegância" re-comentar acusando de mera má-fé a opinião do outro bloguista, apenas porque em serena contra-argumentação. Assim, pura e simplesmente. Sem se conhecer a pessoa, e até sem se ter entendido completamente o sentido do texto e da posterior contra-argumentação (compreender não é aceitar, claro).
Aliás, julguei o caso esclarecido. Parece que não. Infelizmente. Pode pois ficar com os normais (e porventura merecidos) elogios dos leitores que aqui encontram "elegância". Eu saio. Sem lhe deixar a invectiva de "má-fé". Mas reforçando a ideia da extrema deselegância.
Bom bloguismo. São os votos, ainda assim.
A miña ignorancia impediume poñer a exacta ligazón. Apañeime poñendo e blog e o día en que se pubicou o post (que tampouco ten título). Vouno intentar dunha maneira trapalleira (Ctrl+C, Ctrl+V)a ver que pasa:
Inhambane, sede do projecto Apopo. Dele apenas tenho a informação que me foi dada pelo guarda do edifício: um projecto de desminagem que utiliza ratos (o que se depreende da fotografia, apesar de tirada por mim). Bem-vindo, como qualquer projecto de desminagem. Mas o que me chama a atenção são os doadores - uma das questões que presumo ser quebra-cabeças para a administração moçambicana é a pluralidade de doadores (cooperações) a actuar no país. Todos com suas metodologias e idiossincrasias próprias. Não julgo nem desvalorizo (ainda para mais cooperante), nem tampouco hierarquizo. Mas presumo a trabalheira do "cada cabeça sua sentença", como é óbvio.
Ainda que hoje tempos de coperação multilateral, conjugação, concertação. Mas de súbito deparo-me com a cooperação flamenga. Já nem os países chegam como interlocutores? Até as "nações" o são? A Europa, a Europa, não haja dúvida. Dirimir fora (e bem longe) as questões internas?
(tocando a fotografia ela ficará um pouco maior, porventura mais legível)
creado por JPT a las 3:53 PM del Aug 21 2006
SurOeste dijo...
Em definitiva, o que é que molesta, que se especifique Flandes e nao apareça Bélgica? Custa entender que em Bélgica há mais de uma naçao e que cada uma administre os seus impostos como melhor lhes parece? Bill Gates nao tem esse problema: é transnacional.
1:21 PM
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JPT dijo...
a mim não me molesta absolutamente nada. e não me molesta também nada que haja "nações" (ou se reclamem "nações"). e ainda menos que cada agregado populacional/sociológico destine os seus impostos segundo a sua vontade (democraticamente delegada). a mim apenas me surpreende a pluralidade crescente de interlocutores que pode sublinhar a cacofonia (também pode dar sentido)
poderia dar o caso da "cooperação" municipal portuguesa, as chamadas geminações (aqui gemelagens). é um caso sub-"nacional" (também de identidades reclamadas)
e posso crer que neste plano, da cooperação internacional, é um bocadinho auto-afirmativo e não desenvolvimentista - como disse, dirimir coisas próprias em palco estrangeiro
vem mal ao mundo? talvez não. mas é ridículo
3:54 PM
JPT dijo...
e mais, há uma, concedo, convenção que aponta relações bilaterais para entidades da mesma monta - estados (países). fazê-lo de modo diferente? tudo bem, mas quais as vantagens in loco?
depois, bill gates, com todas as suas inúmeras qualidades, génio e capital não é um Estado. E, por muito que não lhe pareça, não é transnacional, é americano: o que, pelo menos no meu caso, não lhe atrai nenhum defeito. Apenas característica(s). Tal como o senhor que criou a Molinex, também em todas as casas, também fundamental. Mas não transnacional
4:20 PM
SurOeste dijo...
Ah, pois logo o dinheiro dos flamencos tem as suas características (invirtem em ratos, a mim nunca se me ocorreria)e nenhum problema intrínseco só por nao ponher a etiqueta belga.
Comparar Flandes com uma municipalidade portuguesa leva mala intençao. Deduzo que sim lhe molesta essa mínima "visibilidade" das pequenas naçoes sem estado.
5:22 PM
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JPT dijo...
Caro suroeste, como me parece visível eu prezo muito a parcela "comentários" no bloguismo (aqui e nos outros blogs). Ela é difícil. Por duas razões: a primeira, que é uma das razões por que tanto a aprecio, deve-se a que é nestas caixas que nós podemos alcançar algum grau da incomunicabilidade da escrita, da incompreensão que produzimos - não por defeito alheio, atenção. Apenas assim; a outra, sendo tão difícil de gerir, é mais chata e mais infértil, que é o facto de aqui se gerar (e dificilmente gerir) uma agressividade, muitas vezes descabida, outras desnecessária. Tons e sons que não usaríamos no face-a-face, se nos conhecessemos.
Começo pelo segundo ponto: em que contexto V. (que não me conhece) se cruzaria comigo em conversa pública, relativamente pacífica, e a propósito de uma discordância deste teor, me atiraria com uma "má-fé"?
Ligo ao primeiro ponto, ainda por cima:
5:31 PM
JPT dijo...
v. não compreendeu totalmente o meu ponto - o que é normal, o não menoriza nem me maioriza (quanto muito me menoriza, por naõ completude de argumento). E v. coloca a sua visão das coisas que, legitimamente, hierarquiza como fundamentais acima de outros pontos de vista (o que todos fazemos, mas sem exigir disparos). V. tem preocupações, repito que as considero totalmente legítimas, de afirmação de identidades (sentido lato) "nacionais" [o que são estas não vou discutir, vamos entendê-las como pacíficas]. E demonstra-as, agradavelmente, na sua esfera.
Eu, longe da sua hierarquia, mas não oposto à sua hierarquia de preocupações, afirmo outra coisa: num cenário de relações bilaterais internacionais, num país carregado de dezenas de interlocutores actuando e financiando no terreno, choca-me um pouco que não só existam relações entre-estados e entre estado-organimos multilaterais como ainda um estado tenha que gerir relações com organismos políticos sub-nacionais (no sentido de infra-estatal, não pejorativo). Isto, e aqui v. não conhece a realidade [e mais uma vez vai sem acinte] exaure a administração local (mera empiria). Nao vem daqui mal às actividades explícitas que são organizadas (os tais ratos de desminagem, que não me parecem nada estranho bem pelo contrário), vem de racionalidade das relações internacionais de cooperação [além de que as tais "nações" infra-estatais não têm normalmente as estruturas organizativas e mentais de uma verdadeira cooperação, pelo que se traduz fundamelntalmente em mimetismo e marketing aquando actuam]
quanto às questões da tal má-fé quanto à cooperação municipal, para além da deselegância descabida, apenas isto. Há cooperação municipal, a cuja enferma de males semelhantes aos que aqui referi. E que as reclamações identitaárias "nacionais" que justificam (legitimam) as cooperaçãos que aqui refiro surgem muitas vezes também nas questões regionais, nas identidades locais (tal como surgem, tantas vezes nas identidades nacionais, quando estas homogéneas com os actuais estados). Daí ser totalmente aceitável, sem ponta de má-fé ou de mera retórica retorcida, referir alguma analogia de actividades de cooperação a este nível infra-estatal
finalmente, nada me move contra "nacionalismos" catalães, flamengos, galegos, lapões ou etc. considero-os tão "naturais" e potencialmente legítimos como outros "nacionalismos" recobertos por Estados. Mas isso não me impede de achar relativamente contraproducnete (pelo menos na foz dos processos) este mimetismo dos processos estatais em cenário internacional. Nada mais. Mesmo num caso, como este, em que refiro ser o projecto bem-vindo (Desminagem)
espero ter-me feito entender
5:47 PM
JPT dijo...
apesar das múltiplas gralhas
5:50 PM
SurOeste dijo...
Eu sou muito apaixonada nas minhas discussoes, estimado amigo, aínda que procurando demostrar ao mesmo tempo o meu respecto pelos meus interlocutores. A questao é que nalgum momento pareceume que se ponhia em duvida o objectivo da ajuda flamenca: desactivar as perigossisimas minas ou ir a Moçambique a dizer "aquí estamos nós, que como somos nacionalistas e ninguem nos fai caso temos que ir ponhendo a nossa bandeira pelo mundo".
Têm dinheiro, têm um projecto, esperemos que o administrem bem, o resto é secundário (no seu post, disculpe, o secundário adquiriu categoria de principal).
Um apaixonado saúdo
5:59 PM
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JPT dijo...
ok, fiquemos então neste cordial desacordo. não dramático. até breve
En fin, un "rollo". Eu tamén pensaba que a cousa quedaba aí, pero, a casualidade levoume a outro blog, ese día ou ao seguinte, onde se loaba a elegancia bloguística de JPT por oposición á miña deselegancia. Daquela sentín a necesidade de vir para a casa e escribir este post.
POr certo, e xa que estou na casa, sigo pensando que o comentario de JPT acerca da axuda flamenca vai cargada de prexuízos e mala intención.
Suroeste, ainda duas coisas. Entre prejuizos (preconceitos, o sentido semântico em português é algo diferente, e só por isso coloco a referência) e más intenções vai uma grande distância. E só o querer impede essa distinção (vivemos sobre preconceitos e tantos deles com boas intenções. algumas dessas de que se diz estar o inferno cheio, também).
A outra, causa deste meu re-comentário. Se (e friso o "se") o que a leva a este retorno à questão se prende com um amável post no "Abrigo da Pastora" (bloguista Laurindinha) para comigo, deixe-me notar-lhe que esse post não se prende com esta nossa discordância, mas sim com uma divergência de opiniões (ou uma diferente valorização, melhor dizendo) entre mim e a Laurindinha, ocorrida nas caixas de comentários do ma-schamba (um texto meu sobre a política vs sida na áfrica do sul). Como vê, descabido raciocínio.
(se a outro qualquer post se refere olhe, terá sido coisa que o technorati não avisou...)
JPT, todas as cousas que queira, é benvido aquí. Pode puntualizar, discordar, e ata poñerse bravo. Eu vou facer o mesmo. Non estou moi interesada na elegancia, a verdade. Fixen este blog por casualidade. Mantéñoo precisamente porque me dá a oportunidadde de expresarme con total liberdade.
Chámame a atención que repita a frase: "você, que nao me conhece..." Evidentemente non o coñezo e é moi probable que nunca nos coñezamos. Iso dános aínda maior liberdade para expresar os nosos puntos de vista. Cantas veces na nosa vida diaria temos que trabar a lingua! Eu non sempre o consigo, para a miña desgraza, como se pode facilmente adiviñar.
Se volveu e tivo a paciencia de ler isto, quito o chapeu e fágolle unha reverencia.
pois, acabemos o bate-tecla como da primeira vez: discordando e sem pontapés. pois não me parece que haja razões para tal. espero que de vez
[o "conhecer" não é pessoal. é bloguista. v. é (linguisticamente) inconfundível, pelo menos no ma-schamba. e há pouco tempo teve a amabilidade de assinalar a sua chegada por lá. e aquilo tem andado tão pacífico que dificilmente se lhe pode imputar aleivosias, malevolências ou quejandos - era isso que eu referia]
Oh si, eu escribo isso que parece português mas nao é. Inconfundível tambem porque vivo num planeta distinto o que implica outra maneira de ver as coisas.
Porem, permita-me que lhe diga que, ainda no seu ámbito, você é tambem inconfundível pelo gosto barroco na sua escrita: essas longas sentências que se partem e repartem em innúmeras aclaraçoes como uma árbore frondosa ou, melhor como um laberinto no que eu me perdo.
É um esforço de compreensao o que temos que fazer um com o outro, nao lhe parece?
há coisas que começam por menos...
Miña nai di "eleghuante", en plan retranqueiro. ;-)
Unha vez veu un fotógrafo pola miña aldea a sacar fotos para o DNI. O meu avó con traxe de faena moi remendado e sucio foi á casa, puxo unha camisa branca, a chaqueta de ir á vila, peiteouse e foi facer a foto medio eleghuante e medio merdeiro.
Olá-
Estive olhando.
Felicidades.
Manuel
http://de-proposito.blogspot.com/
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